30 outubro, 2012

RN reduz em 12,2% a mortalidade feminina

O Rio Grande do Norte (RN) reduziu a mortalidade feminina em 12,2% nos últimos 10 anos. A redução acompanha a média nacional que também caiu 12% no período de 2000 a 2010. No RN, a taxa passou de 3,38 (em 2000) para 2,97 (em 2010). No Brasil, houve redução da taxa de mortalidade de 4,24 óbitos por 100 mil mulheres para 3,72. Este é um dos estudos do Saúde Brasil (edição 2011), publicação do Ministério da Saúde.

“Essa redução mostra que o país tem qualificado assistência à mulher, mas também demonstra que temos de continuar priorizando as causas dos óbitos das mulheres, como o câncer de mama”, reforça o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Todas as regiões do país tiveram suas taxas reduzidas. A maior redução foi verificada na região Sul do país (14,6%), seguida pela região Sudeste (14,3%). A região Centro-Oeste apresentou redução de 9,6%, enquanto as regiões Nordeste e Norte, apresentaram redução de 9,1% e 6,8%, respectivamente.

Fonte: Portal da Saúde, 22/10/2012


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XV Encontro da ANPUR: Prazos para submissão prorrogados!

XV Encontro Nacional da ANPUR (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional), Recife (PE), 20 a 24 de maio de 2013.

O prazo para submissão dos trabalhos para sessões temáticas foi prorrogado para o dia 18 de novembro.

Clique no LINK para conhecer as sessões temáticas e as normas para submissão.

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18 outubro, 2012

Eduardo Rios-Neto para a Folha de SP: "Com fecundidade abaixo do nível de reposição, país fez transição demográfica"

O dado divulgado pelo IBGE ontem, analisando alguns resultados da amostra do Censo de 2010 possibilita a difusão de uma realidade que não é totalmente conhecida pelas pessoas não especializadas, além de permitir uma reflexão sobre suas implicações. Este é o caso da taxa de fecundidade total abaixo do nível de reposição. Uma população com a taxa de fecundidade total de 2,1 filhos por mulher durante o período reprodutivo, que corresponde às idades entre 15 e 49 anos, terá crescimento populacional nulo caso esta taxa seja persistente durante um longo período.

O Brasil já completou a fase final da chamada transição demográfica, com a fecundidade caindo de cerca de 6 filhos por mulher nos anos sessenta para 2,9 em 1991, indo para 2,4 em 2000 e atingindo níveis abaixo da reposição em 2010 com 1,9 filhos. Os dados das PNADs do IBGE e de outras pesquisas domiciliares sugerem que a fecundidade já pode estar em 1,7 neste período. De qualquer forma, a população brasileira deixará de crescer em algum ponto a partir de 2030. Quais são as causas desta queda na fecundidade? Há um limite para esta queda? Quais são as consequências disso para o país?

A avaliação dos determinantes da queda na fecundidade é um dos temas mais explorados na demografia, uma vez que no agregado, a grande maioria dos países experimentou a transição demográfica com a fecundidade caindo de níveis elevados para o chamado nível de reposição. Há várias explicações para esta queda, algumas complementares e outras competitivas, os fatores clássicos são o aumento na escolaridade feminina, a maior participação das mulheres na força de trabalho, aumento na escolaridade dos filhos, queda da mortalidade infantil e a maior urbanização. Há explicações mais complexas associadas às relações de gênero, ao papel de fatores culturais mais específicos como a religião, ou até o papel da televisão e do consumo de bens duráveis e de luxo. Embora seja instigante saber o que causou a queda da fecundidade, dificilmente haverá um consenso nesta área.

Um debate mais recente e mais importante para o país trata da fecundidade abaixo do nível de reposição, em que medida esta taxa cairá mais ainda e até que ponto. Esta é uma questão muito importante no contexto europeu, sendo menos grave em países como os Estados Unidos, que possui uma fecundidade mais alta do que a do Brasil. Não há dúvidas que a escolaridade materna está correlacionada com a queda na fecundidade, podendo até estar causando esta queda. Os dados do comunicado do IBGE mostram que a fecundidade das mulheres com ensino superior completo é de 1,14 filhos, enquanto as mulheres sem instrução e com ensino fundamental completo têm uma fecundidade de 3 filhos. Eu fiz exercícios com os dados dos Censos de 2000 e 2010 para saber a importância da educação. Mais ou menos metade da queda observada na fecundidade se deveu ao aumento na escolaridade das mães, enquanto a outra metade se deveu a mudanças de comportamento das mulheres em cada nível de educação. Nessa perspectiva, a fecundidade poderia continuar caindo caso a escolaridade materna continuasse aumentando. Parte da queda ocorre também devido a um aumento na idade em que as mulheres têm o primeiro filho, já que as mães altamente escolarizadas têm o primeiro filho em idade mais avançada.

A continuidade da queda da fecundidade depende do aumento no número de mulheres cursando ou concluindo o nível superior, mas minhas projeções educacionais sugerem que este crescimento está perdendo o folego. Se sob o ponto de vista demográfico a fecundidade pode não ficar tão abaixo da reposição, sob o ponto de vista econômico e cultural isto está longe de ser desejado. Tudo o que se quer no país é uma verdadeira revolução na educação com um aumento ainda maior na proporção da população com nível superior.

Se eu tivesse de escolher entre estancar o crescimento da escolaridade superior das mulheres para aumentar a fecundidade, ou incrementar a educação mesmo aprofundando a queda na fecundidade, certamente ficaria com a segunda opção. Na segunda opção é preciso revolucionar mais ainda a expansão do ensino superior, além de melhorar a qualidade do ensino médio.

Além disso, cabe lembrar que a fecundidade abaixo do nível de reposição não é necessariamente nefasta para o país. Do lado positivo podemos listar dois aspectos. A redução no número de crianças em idade escolar possibilita uma verdadeira revolução na qualidade da educação começando com a primeira infância. A redução na população de 15 a 24 anos ajuda na redução da taxa de desemprego, da criminalidade e permite uma melhor implementação de políticas de qualidade para os jovens. O lado negativo é o envelhecimento populacional no longo prazo, com implicações para a previdência social e para o gasto público. Otimistas argumentam que o ganho em capital humano gerado pela baixa fecundidade (qualidade) compensaria a perda numérica (quantidade) gerada pela baixa fecundidade.

A conclusão mais importante desta reflexão é que políticos alarmados com a fecundidade abaixo da reposição devem se acalmar, pois políticas imediatistas de incentivos ou penalidade para a reprodução levam ao fracasso e a limitações de direitos. A experiência européia mostra que o equilíbrio estável da reprodução decorre de uma política de equidade de gênero, equidade tanto no mercado de trabalho quanto na esfera doméstica, com a divisão equitativa das tarefas e das responsabilidades diárias no cuidado dos filhos. Políticas que favoreçam a oferta de creches de qualidade, a licença-maternidade masculina e a reconciliação entre o trabalho e o cuidado familiar fazem parte da melhor receita para subir a fecundidade na perspectiva do bem.

EDUARDO L.G. RIOS-NETO é professor titular no Departamento de Demografia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Fonte: Folha de SP, 18/10/2012


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17 outubro, 2012

Taxa de fecundidade no Brasil cai e é menor entre mais jovens e instruídas

A taxa de fecundidade – número médio de filhos que uma mulher teria dentro do seu período fértil – das brasileiras caiu entre 2000 e 2010, principalmente nos grupos etários mais jovens, segundo dados do Censo Demográfico de 2010, divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o levantamento, as mulheres com maior grau de instrução e renda também têm menos filhos.

Segundo o IBGE, a queda da fecundidade ocorreu em todas as faixas etárias. Houve, no entanto, uma mudança na tendência de concentração da fecundidade entre jovens de 15 a 24 anos, observada nos censos de 1991 e 2000. As mulheres, de acordo com dados de 2010, estão tendo filhos com idades um pouco mais avançadas.

Fonte: G1 Brasil, 17/10/2012


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09 outubro, 2012

XXVII Conferência Internacional de População: PRAZOS PRORROGADOS





O prazo final para submissão de trabalhos para a XXVII Conferência Internacional de População que será realizada em Busan (Coréia), em Agosto de 2013, foi PRORROGADO para o dia 31 de outubro de 2012. Visite o site do evento e confira os temas, sessões e detalhes da submissão.

[Site oficial da XXVII Conferência Internacional de População (IUSSP)]

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04 outubro, 2012

Especialização em Gerontologia com Ênfase no Atendimento de Saúde e Promoção da Qualidade de Vida

O curso pretende preparar profissionais para a intervenção gerontológica interdisciplinar durante o processo de envelhecimento humano, embasados nos conceitos de envelhecimento ativo da organização mundial da saúde e de envelhecimento bem sucedido de Paul Baltes do Instituto Max Plank da Alemanha. O curso aborda o atendimento nas situações definidas pela síndrome da fragilidade do idoso, nas situações de manutenção da qualidade de vida e inclusive, na prevenção em todas as fases da vida com especial atenção para a meia idade e a velhice.

Coordenação – Profº. PhD. Rodrigo Caetano Arantes (SBGG) - Vinculado ao Programa CAPES/MES-Cuba, atualmente, realiza suas atividades de Pós-Doutorado no CEDEPLAR-UFMG e CEDEM-Universidade de La Habana. Doutor em Demografia (CEDEPLAR-UFMG/2012), mestre em Gerontologia (PUC-SP/2007), especialista em Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia (EEFFTO-UFMG/2004). Graduado em Fisioterapia (UNIFENAS/2003). Sócio titulado da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia). Atua em pesquisas gerontogeriátricas e demográficas. Tem experiência no manuseio dos softwares: STATA, SPSS e UCINET.


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03 outubro, 2012

Especialistas divergem sobre ascensão da nova classe média

“Não se define a classe média pela renda, mas pela posição na estrutura populacional”, explica o economista Eduardo Fagnani que também participa do núcleo de estudos Plataforma Política Social. Segundo ele, o conjunto da população em ascensão ainda depende muito do sistema público de saúde, previdência e ensino e não tem entre as suas despesas o pagamento de escola particular para os filhos, a manutenção de previdência complementar, acesso a plano de saúde privado ou o costume de fazer viagens ao exterior.

Fonte: Agência Brasil, 02/10/2012


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Um ano do blog "Demografia do Nordeste"

Há um ano atrás criei este blog sem muita pretensão, mas aos poucos ele foi ganhando fôlego e com o apoio de amigos e colegas passei a achar que valia a pena gastar um pouco do meu tempo para contribuir na divulgação de assuntos relacionados à demografia. Inicialmente a ideia era que tivesse um caráter regional, mas percebendo que o acesso era de pessoas de diversos lugares do país, o título do blog deixou de ser verdadeiro. Agradeço a todos os que apoiaram e continuam visitando e compartilhando o blog para colaborar na divulgação dos assuntos de interesse demográfico. Espero que ainda tenha energia e apoio para manter esse meio de divulgação por mais um ano e, quem sabe, outro e mais outro...

Resumo do primeiro ano do blog:

Acessos: 12.634         Média mensal de acessos: 1.052       Total de Postagens: 307

Postagens mais acessadas:
Palestra: A dimensão territorial e política dos riscos urbanos na América Latina  21/05/2012 [106]
III Seminário de Estudos Populacionais do Nordeste 17/05/2012 [92]
Processo Seletivo - Mestrado em Demografia UFRN 2013 17/09/2012 [86]
Cientistas boicotam a maior editora de periódicos do mundo 10/02/2012 [84]
Concursos para docentes: vagas em diversas áreas 14/05/2012 [84]

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01 outubro, 2012

Dia Internacional do Idoso

Em 2000, pela primeira vez na história, havia mais pessoas com mais de 60 que as crianças abaixo de 5 anos. Em 2050, a geração mais velha será maior do que a população sub-15. Em apenas 10 anos, o número de idosos vai superar 1 bilhão de pessoas, um aumento de cerca de 200 milhões de pessoas ao longo da década. Hoje, duas em cada três pessoas com 60 anos ou mais vivem em países em desenvolvimento. Em 2050, esta proporção vai subir para cerca de quatro em cada cinco.

[Veja mais detalhes sobre o Dia Internacional do Idoso]

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