O professor Marcos Roberto Gonzaga, do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais (DDCA) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) teve sua tese de doutorado premiada como a melhor tese da área de Planejamento Urbano e Regional / Demografia no Prêmio Capes de Teses 2013. A tese defendida junto ao Programa de Pós-graduação em Demografia do Cedeplar/UFMG e orientada pelo prof Roberto do Nascimento Rodrigues (co-orientada pelo prof Bernardo Lanza Queiroz), foi selecionada entre as pesquisas de doutorado defendidas no país em 2012. A cerimônia de premiação ocorrerá na sede da Capes, em Brasília, no dia 13 de dezembro.
Título: "Uma proposta metodológica para estimar o padrão etário das transições de incapacidade e tendências na expectativa de vida ativa dos idosos: um estudo para o Brasil entre 1998 e 2008"
Data da defesa: 10-07-2012
Resumo: A expectativa de vida saudável é um indicador amplamente utilizado nos estudos de saúde e para a análise empírica da hipótese de compressão da morbidade. As estimativas adequadas para análise de tendências deste indicador requerem utilização de tábuas de vida multiestado com base no conhecimento do padrão etário das transições entre estados de saúde e morte no período de estudo. Essa demanda é apontada como um dos principais obstáculos para análise de tendências da expectativa de vida saudável em função da escassez de dados longitudinais sobre condições de saúde da população.Este trabalho propõe uma nova abordagem metodológica para estimativa de tendências da expectativa de ativa, na ausência de dados longitudinais. O método proposto estima a estrutura etária para as taxas de transição implícitas nas pesquisas transversais, com base em um padrão etário para as taxas de transição entre estados de saúde e morte, provenientes de pesquisas longitudinais de outras populações, e em proporções de indivíduos saudáveis e não-saudáveis por idade, provenientes de pesquisas transversais. A implementação da nova proposta é feita para o Brasil nos anos de 1998, 2003 e 2008, utilizando-se os dados das Pesquisas Nacionais por Amostras Domiciliares. As taxas implícitas de transição de incapacidade por idade, estimadas pelo novo método, são coerentes com os resultados apresentados na literatura. A estimação dos parâmetros para a especificação mais simples do modelo parece produzir bons resultados. As estimativas para as expectativas de vida ativa e com incapacidade, nos anos de 1998, 2003 e 2008, não são significativamente diferentes das estimativas produzidas por outros métodos. O segundo exercício, utilizando outras covariáveis de interesse, apresentou resultados menos satisfatórios devido, principalmente, à falta de consistência na estimação de alguns parâmetros. Todavia, os resultados são promissores e apontam para a busca de soluções mais consistentes de modelos mais complexos.
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