Ao contrário dele achar que não, as chuvas permanecem dentro da normalidade, de acordo com a Emparn. “Se aumentar um, dois ou três graus, isso não vai influenciar a quantidade de chuva, mas o comportamento dela. A água, por exemplo, fica menos tempo à disposição e logo evapora”, avalia Bristot. “Os jovens não percebem essas mudança, porque ela ocorre gradativamente ao longo do tempo. Mas quem conheceu Natal antigamente sabe disso”, acrescenta.
Para o professor Ricardo Ojima, do Departamento de Demografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o aumento da população tem grande influência sobre as mudanças no clima. Porém, deve-se observar mais ainda os padrões de consumo da humanidade. “Na verdade, a intensidade do crescimento populacional de hoje já é muito baixo e as taxas de crescimento da população nas idades jovens já é negativa há algum tempo. Natal e Parnamirim, por exemplo, apresentam uma taxa de fecundidade de 1,6 filhos por mulher. E a taxa de reposição da população seria de 2,1 filhos por mulher. Apesar disso, poucas são as chances de que as emissões de GEE (gases do efeito estufa) no país diminuam. Ao contrário, com uma população menor e mais envelhecida, a tendência é que o padrão de consumo aumente mais ainda”, argumenta.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte, 06/04/2014
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