07 abril, 2014

POPULAÇÃO E AMBIENTE | É preciso usar menos o automóvel

Bate-papo: Ricardo Ojima - Sociólogo, doutor em Demografia, professor da UFRN

Os humanos, de fato, têm influência sobre as variações climáticas? Como é essa relação?



Todas as evidências apontadas pelos relatórios do IPCC caminham para a confirmação da influência das atividades humanas provenientes das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) sobre as mudanças climáticas (MC).

Essa influência é dada pelo aumento demográfico?

O relatório do IPCC também indica que o crescimento populacional tem impacto nessas emissões, mas a verdade é que na prática não se trata apenas do volume absoluto da população e sim o seu padrão de emissões de GEE [Gases do Efeito Estufa]. Ou seja, embora a quantidade de pessoas vivendo no planeta influencie nas emissões, mais importante é avaliar como se dão as relações de produção e consumo dessa população. Entre 1950 e 1980, a América do Norte contribuiu com 4,4% do crescimento populacional mundial, mas em termos de emissões de CO2, sua contribuição foi de 20%.

Que aspectos devem ser observados ao analisar o homem e o aquecimento global?


O padrão de consumo é um fator essencial para analisar o papel da atividade humana nas MC. E esse padrão pode variar muito em relação à forma com que as pessoas vivem. O incentivo ao uso de transporte automotivo individual, por exemplo, é uma clara contradição no processo de mitigação das emissões de GEE. Se as pessoas pudessem usar mais transporte coletivo, menos emissões seriam derivadas desse aspecto do comportamento social.

Fonte:  Tribuna do Norte, 06/04/2014

[Leia a reportagem completa]

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